A oração que Deus ouve

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“Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós, os que fareis lembrado o SENHOR, não descanseis, nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra.” (Isaías 62.6-7).

A
 tendência de nosso coração, nos momentos de aflição, é concentrar toda a atenção em nossas tribulações. Nesse contexto, não conseguimos ampliar o olhar, a fim de considerar a vida de nossos amigos e familiares, que também podem estar passando por momentos difíceis, e até mesmo precisando de nosso apoio. Esse “egoísmo”, que nos leva a pensar só em nós, também se aplica em nosso relacionamento com Deus. Nossas orações tornam-se centradas em nós e em nossa tribulação, e deixamos de ser abençoados pela forma correta de orar. Se você percebe que isso está se passando em sua vida, aprenda do texto acima como mudar essa realidade.
A mensagem central do texto, é que Deus não descansará enquanto não cumprir seus propósitos para seu povo. Ele nos pede para não lhe dar descanso, e com isso nos requer uma vida de oração. Aqui temos a descrição da intensidade da oração, com os termos “todo o dia e toda a noite jamais se calarão” os guardas sobre os muros. Também mostra a intensidade da oração, a ideia de que “não descanseis, nem deis a ele descanso”. Momentos de aflição é tempo de oração intensa.
O texto não traz só a intensidade, mas também o conteúdo da nossa oração. Esse conteúdo é expresso na frase “vós, os que fareis lembrado o SENHOR”. Em seus momentos de aflição, esse deve ser o conteúdo de sua oração. Mas essa descrição não quer dizer que Deus “esqueceu” de você. Ele é onisciente, e não pode esquecer-se de nada. Essa descrição serve para nos orientar sobre o conteúdo de nossa oração, porque o “lembrar o Senhor” é falar sobre o que ele mesmo já disse em sua Palavra, acerca do seu cuidado para conosco, que somos suas ovelhas. O benefício maior desse conteúdo da oração não é para o Senhor, mas para nós mesmos, quando relembramos as promessas dele a nosso favor. Se durante seu período de crise você trazer ao seu coração, “dia e noite”, as promessas de Deus, pode ter certeza que a aflição cederá lugar à fé.
E não é só isso! O texto fala da intensidade da oração, do conteúdo da oração, mas também do objetivo da oração. Veja que a oração não era egocêntrica, a fim de que o Senhor abençoasse a vida deles naquele momento. A oração intensa era “até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra”. Ao invés de pedir bênçãos materiais para eles, ou mesmo uma intervenção imediata no contexto deles, a oração do profeta era que Deus cumprisse seus propósitos na vida de seu povo, aqui expressado na cidade de Jerusalém. Em suas orações, lembre-se de pedir que o Senhor cumpra com os propósitos dele em sua vida. A vontade dele é melhor que a sua. Ao abençoar Deus o seu povo, certamente sua vida também será alcançada, uma vez que somos todos membros de um mesmo Corpo. “Por amor de Sião, me não calarei e, por amor de Jerusalém, não me aquietarei...” (v. 1).
Que o Altíssimo apascente seu coração e ouça seus clamores a cada dia.



Rev. Saulo Pereira de Carvalho

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