O
Livro de Números relata Israel às portas da entrada da terra de Canaã, onde doze
homens são designados a espiar a terra, e a maioria optou pelo discurso de não entrar diante das dificuldades
destacadas (Nm. 13.31-33), mas foi a minoria
quem agradou a Deus, no caso, Josué e Calebe (v.30).
A
maioria inflamou o povo e o desanimou
contra a vontade de Deus, com prejuízo da sua própria entrada na terra, e
retorno ao deserto, tendo ainda como consequência a decretação Divina da
eliminação da maioria daquela
geração (toda), que cairia no deserto. Somente Josué e Calebe entrariam (com
suas famílias) na Terra Prometida.
Assim
foi também nos dias de Elias, onde ele sozinho representou a Deus e sua vontade,
ante aos quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, a maioria deflagrados e condenados, como falsos profetas (1Rs. 18:20-40).
Assim
também nos dias de Ló em Sodoma e Gomorra, quando somente ele e sua família
seriam retirados para perda e extermínio da maioria, corrupta e depravada (Gn 19).
Assim
foi com Israel no tempo de Jeremias, onde ele somente, pregando para a maioria, viu a destruição, desterro e
deportação da maioria (Jr. 19:21).
Assim foi com Jesus contra os fariseus, escribas e religiosos, onde ele somente
denunciou o pecado e distorção da maioria,
que se ajuntava no templo, recebendo sofrimento e injúria sobre Si (Mt. 21:12-13).
Assim
foi com Estevão, que depois de testemunhar de Cristo e vendo a glória de Deus
foi apedrejado pela maioria (At. 7:54-60).
Assim foi com Paulo enfrentando os Judeus para lhes convencer que Jesus era o
Cristo, também sendo perseguido pela maioria.
Assim
foram com os pré-reformadores que foram executados pela maioria para silenciar a nascente voz da Reforma (John Huss,
Savonarola). Assim foram com os reformadores (Lutero, Calvino, Zuínglio), que
enfrentando a maioria, bradaram com exultante
voz: “basta aos erros, foco nas Escrituras
e Glória somente a Deus”. A Maioria
não conseguiu detê-los, pois estes poucos estavam ao lado daquele que é Único,
Superior e Eterno.
Assim
continua até hoje o testemunho de uma minoria,
ante uma maioria iniqua, incrédula e
distante de Deus.
Tenho
muito temor da maioria porque como
já vimos múltiplas vezes, Deus e sua vontade não se expressam pela tendência da
maioria.
Em
tempos de estatísticas e consulta a pesquisas em busca da opinião da maioria para se estabelecer o que é certo e bom a todos,
corremos um grande risco de nos deixarmos levar pela indução da maioria.
O
velho ditado popular diz que: "a voz
do povo é a voz de Deus", entretanto, olhando aos inúmeros exemplos
bíblicos, esta fórmula logo se desfaz caindo por terra, mostrando-se como um
engodo absurdo.
Desta forma, irmãos, CUIDADO!!!
CUIDADO com a voz da maioria!
CUIDADO com a opinião da maioria!
CUIDADO com o modo de vida da maioria!
Pois
foi a maioria que gritou:
“Crucifica Jesus! E liberta a Barrabás!”
A maioria amou o pecado e regozijou-se com
a injustiça!
Rev. Carlos de Souza Silva
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